As Origens de Alvarelhos

Alvarelhos nasceu nos píncaros de um dos mais elevados contrafortes da Serra de Santa Eufémia. Quando? Quem foram os seus primeiros habitantes? O que sabemos deles? A estas perguntas procurarei dar resposta nas próximas páginas.
         Importa, antes de procurar dar resposta a estas interrogações, esclarecer que, anteriormente ao Imperador Constantino, não se pode propriamente falar da existência de dioceses na Península Ibérica. Havia, isso sim, comunidades cristãs, umas lideradas por um bispo; outras, tendo a presidir aos seus destinos um presbítero ou então um diácono.
         No séc. IV, o território hispano-romano foi dividido em cinco províncias:
         Lusital – capital Mérida
         Bética – capital Sevilha
         Galécia – capital Braga
         Cartaginense – capital Cartagena
         Tarraconense – capital Tarragona.
         Na época romana, não sendo embora dioceses, Olisipo, Ebora e Ossonoba tiveram bispos.
         É no séc. IV que, na Península Ibérica, surgem as primeiras paróquias rurais distintas da cidade episcopal. Posteriormente, no séc. V, após as invasões germânicas, as comunidades cristãs rurais passam a chamar-se “paróquias” (termo até então reservado para a unidade regida pelo bispo). Nasce então o termo “diocese”. A partir de agora, as paróquias deixarão de ser solidárias como o eram na “paróquia episcopal”.
         A partir do séc. IV, os templos construídos nas “villae” e nos “fundi” dão continuidade à tradição de um antigo culto doméstico, tornado cristão quando os seus antigos proprietários se converteram ao Cristianismo. Estes templos não estão verdadeiramente incorporados na vida eclesiástica nem tampouco possuem um culto verdadeiramente organizado. Após as invasões germânicas, algumas comunidades adoptaram como centro o santuário de uma “villa”.
         No período da Reconquista proliferarão os centros paroquiais em oratórios fundados por iniciativa particular. Não esqueçamos contudo que a organização paroquial se esboçou, na Península Ibérica, ainda no domínio romano, com a adesão das populações ao Cristianismo fora das cidades.
         Quando, nos alvores do séc. V, os povos germânicos começaram a invadir a Península, esta estava cristianizada na sua quase totalidade. Desta feita, já não havia apenas grupos de cristãos nas cidades, mas também na esmagadora maioria das aldeias.

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